COMO O CÉREBRO CONSTRÓI O ALTRUÍSMO: RELAÇÕES ENTRE EMPATIA AFETIVA, EMPATIA COGNITIVA E AUTOMATISMO PSÍQUICO

Autores

  • Karina Inês Paludo FAE Centro Universitário
  • Leonardo Augusto de Rezende Gonçalves FAE Centro Universitário
  • Lilian Caron FAE Centro Universitário
  • Hélio Anderson Tonelli FAE Centro Universitário

Palavras-chave:

Altruísmo. Empatia. Reconhecimento Emocional. Automatismo Psíquico

Resumo

Seres humanos colaboram entre si independentemente do grau de parentesco ou da expectativa de retribuição. A neurociência tem enfatizado o papel da empatia na configuração de comportamentos colaborativos na espécie humana. A empatia é definida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, tanto do ponto de vista emocional quanto cognitivo. A empatia afetiva, por seu caráter de sincronização emocional com terceiros, abrange também a capacidade de experimentar e reconhecer as emoções das pessoas com quem se relaciona, contudo, em um nível menos declarativo. A empatia cognitiva, por sua vez, equivaleria às operações mentais associadas às habilidades de refletir sobre os estados mentais dos outros. Ambas estão profundamente associadas às capacidades naturais de reconhecer emoções, tradicionalmente estudadas pela cognição social. É possível que maiores capacidades de reconhecimento de emoções associem-se a maiores habilidades empáticas. O reconhecimento emocional, por sua vez, está sujeito à influência de automatismos mentais, como o fenômeno de priming, um tipo implícito de memória em que a exposição prévia a um estímulo interfere na resposta a outro estímulo. Dito isso, o presente estudo abordou as relações entre empatia e reconhecimento emocional tendo como  pano de fundo a influência de automatismos mentais para explicar o comportamento altruístico do ser humano, através de uma revisão narrativa da literatura. A investigação teórica apontou que indivíduos que identificam emoções mais acuradamente são mais  susceptíveis aos efeitos de priming, deflagrando uma resposta empática mais rápida. Com isso, tem-se a ativação de comportamentos de colaboração de forma mais eficiente. A delimitação do trabalho à pesquisa bibliográfica representa uma limitação da produção, o  que faz sugerir a realização de uma intervenção empírica com seres humanos em futuros estudos, a fim de corroborar os dados ora apresentados.

Biografia do Autor

Karina Inês Paludo, FAE Centro Universitário

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Pedagoga e Teóloga. Aluna do 3º período
do curso de Psicologia da FAE Centro Universitário. Bolsista do Programa de Apoio à Iniciação Científica
(PAIC 2017-2018).

Leonardo Augusto de Rezende Gonçalves, FAE Centro Universitário

Aluno do 9º Período do Curso de Psicologia da FAE Centro Universitário. Voluntário do Programa de
Apoio à Iniciação Científica (PAIC 2017-2018).

Lilian Caron, FAE Centro Universitário

Mestranda em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná. Psicóloga. Docente da FAE Centro Universitário.

Hélio Anderson Tonelli, FAE Centro Universitário

Mestre em Farmacologia pela Universidade Federal do Paraná. Médico psiquiátrico. Docente da FAE Centro Universitário.

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Publicado

2018-11-14

Como Citar

Paludo, K. I., Gonçalves, L. A. de R., Caron, L., & Tonelli, H. A. (2018). COMO O CÉREBRO CONSTRÓI O ALTRUÍSMO: RELAÇÕES ENTRE EMPATIA AFETIVA, EMPATIA COGNITIVA E AUTOMATISMO PSÍQUICO. Caderno PAIC, 19(1), 579–592. Recuperado de https://cadernopaic.fae.edu/cadernopaic/article/view/338

Edição

Seção

ARTIGOS